Rotura do tendão de Aquiles
A rotura do tendão de Aquiles é uma lesão traumática muito frequente na população desportiva e que exige tratamento adequado sob pena de deixar sequelas permanentes.
O tendão de Aquiles é um dos maiores tendões do corpo humano. Situa-se na parte posterior do tornozelo e tem como função fazer a flexão plantar do tornozelo.
A sua rotura é mais frequente em homens e na faixa etária entre os 30 e os 45 anos. Acontece durante a prática desportiva e manifesta-se como uma sensação súbita de pancada na parte posterior do tornozelo sem que, no entanto, tenha havido traumatismo.
O mais importante para o correto diagnóstico de uma rotura do tendão de Aquiles é uma observação médica e cuidada é um exame objetivo correcto. Geralmente esta é complementada com exames auxiliares de diagnóstico, mais frequentemente ecografia; em casos selecionados pode ser ainda necessária ressonância magnética.
Tratamento
Existem dois tipos de tratamento: conservador ou cirúrgico.
O tratamento conservador consiste em imobilização do tornozelo, com gesso ou com botas específicas. O tratamento cirúrgico pode ser realizado através de cirurgia aberta ou, mais recentemente, com recurso a cirurgia minimamente invasiva – isto é, com recurso apenas apequenas incisões e instrumentos cirúrgicos específicos. Cada uma das opções tem indicações específicas e vantagens e desvantagens próprias.
Após este tratamento em agudo segue-se reabilitação em contexto de fisioterapia e espera-se um regresso à vida sem restrições entre 6 meses a 1 ano.
O regresso à atividade desportiva é possível e expectável, embora sejam de esperar ligeiras perdas de performance sobretudo em atletas de alta competição.
Dr. Nuno Esteves
OM 52008